terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Boas Entradas


O ano de 2012 se foi! Tem sido sempre assim, um ano após o outro. E os acontecimentos se sucedem num dia a dia puxado, num ruge-ruge do cão pra toda gente. A minha rotina já é mais leve, afinal sou um aposentado em pleno exercício do ócio com dignidade. Mas, não desisti da vida e muito menos do trabalho, estou no Conselho Estadual de Cultura, onde pratico a minha capacidade intelectual. É ali que tenho preparado os meus trabalhos, os quais aos poucos vão sendo publicados. Um aqui e outro ali, alhures também. Muita coisa já está na Internet e há mais o que divulgar em publicações em texto propriamente e na virtualidade das coisas. Sempre que tenho uma novidade aviso aos meus leitores.

Chegou 2013 e com ele os propósitos e as metas para o período. É claro que ainda há o que ser divulgado do ano que passou, porque as instituições e as revistas não andam conforme dos ditames do calendário, sequer contam com datas e meses, senão pelo cuidadoso trabalho de seus editores. Tenho comigo um projeto – é mais do que um projeto – de escrever um livro sobre o que vi e o que assisti em meu tempo de vida, considerando as mudanças e as transformações das quais fui testemunha ocular. Já escrevi bastante sobre o computador, essa máquina que revolucionou o mundo e substituiu outras invenções do homem. Escrevi, também, sobre o telefone, que está num grau de desenvolvimento incrível. Mas tenho muito mais coisa para incluir e gostaria muito de contar com a colaboração do leitor; do leitor de meu grupo de idade (68 anos), que tenha visto e vivido essa metamorfose que a minha geração assistiu. Mande por e-mail (pereira.gj@gmail.com), por favor, essas contribuições e com isso me ajudem nesse mister.

A passagem do ano, como todas as outras, foi agradável, porque juntou gente de um mesmo lugar – o condomínio Águas de Aldeia – e foi possível fiar conversa a noite toda, além da dança que rolou madrugada adentro ou madrugada afora. Gente que conversava e gente que dançava! Lotou o salão de festas, tudo sob a coordenação magnífica da Diretora Social, que por coincidência estava gripada e febril, mas não arredou o pé da sede das Águas de Aldeia. Beleza! À meia-noite os fogos espocaram nos ares, expressando a alegria que cada um dos presentes, condôminos e convidados, sentia com o rito de passagem da ocasião.

Lembrei-me de antigos momentos, similares, sempre, diferentes pelos atores da hora. Recordei dos anos de infância, de como a família hoje é diferente daquela. A minha avó, a tia velha e a tia mais nova, todas juntas, a comemorarem com meu pai e minha mãe a passagem do ano. Desses, só a minha mãe está viva, assim mesmo vegetando numa cama de hospital, em quarto de sua casa. Não sabe da hora e do dia, ignora o mês e o ano. Não se comunica mais! Hoje cada qual cuida de sua festa, uns mais e outros menos. Há quem faça uma reunião ruidosa e quem se junte à pequena família e comungue os momentos de harmonia.
Feliz ano novo a todos! Boas entradas dizia-se outrora, no tempo das grandes valsas.
 
 
Recebi aqui um comentário numa crônica solicitando que escreva o proximo texto contemplando um trote que dei em determinado lugar, nos anos de chumbo, resultando num carroceiro a postos, quase em posição de sentido, no hastear da bandeira. Vou contar!

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