Passei um tempo de minha vida viajando
muito. Eram compromissos de todo tipo e lá ia eu. Isso era muito cansativo,
porque cheguei a ir e voltar no mesmo dia em diversas ocasiões, às vezes à
Brasília ou ao Rio e até à São Paulo. Não é brincadeira decolar e pousar de
retorno no mesmo dia! Certa vez, tomei um avião da falida Transbrasil e era uma
fase em que ainda tinha medo de voar, de tal forma que um colega da Paraíba,
que encontrei por acaso, me gozava o tempo todo. Até que o avião sofreu uma
queda de 500 metros e o piloto avisou que fez isso para consertar o ar
condicionado, quebrado desde a partida. Não preciso dizer que ele quase teve um
desmaio e eu fiquei com muito cuidado nele.
Esse meu companheiro de voo ficou de
tal forma nervoso, que me perguntou o que deveria fazer? E eu fui definitivo:
“Não há nada a fazer, senão dançar um tango argentino!”. E ele só não me deu um
cascudo, porque tinha comigo uma amizade antiga. Mas, eu complementei a
resposta e disse-lhe: “Enquanto isso, isto é, enquanto não batemos as botas,
vamos ao fundo da aeronave tomar uma cerveja bem gelada!”. E fomos mesmo,
encontrando um comissário apavorado, querendo saber o que havia: “Ora, meu
senhor, se o senhor mesmo não sabe, imagine nós outros, pobres mortais, passageiros nessa viagem!”
E uma freira, que rezava sem parar, me viu falando muito e indagou: “O senhor
acredita que seja mesmo o ar condicionado?”. E eu: “Olhe, minha senhora, com
todo o respeito que a senhora merece, eu tenho um aparelho desses quebrado e
quando chegar hei de jogá-lo do telhado em baixo!”. Não obtive resposta!
De outra feita, tendo feito a viagem
conforme planejara, sem turbulências e sem novas ocorrências, encontrei um
pernambucano, desses bem irreverentes e ouvi dele a afirmativa de que ficaria
comigo no quarto. Não gosto disso, sou um camarada que dorme mal, passo as
noites insones e não gosto de incomodar ninguém, disse-lhe. Não adiantou! Tomamos o táxi juntos,
preenchemos as fichas do hotel e subimos ao quarto. Íamos passar dois dias, mas
ele desarrumou a mala e perguntou se eu tinha esse hábito. Não tenho, prefiro
ir tirando aos poucos da maleta e usando. Depois, vou recolhendo de volta as peças.
Quando foi dividir a conta, confessou que pecara. Que pecado foi esse, indaguei?
Tomei a champanhe francesa do refrigerador. Ufa, quase digo!
Mas, era tarde da noite, quando
bateram à porta do quarto e à pergunta de quem se tratava, explicaram: “É a
pizza!”. Não tínhamos pedido nada, já estávamos deitados. O meu acompanhante
era apavorado e decidiu chamar a Portaria do hotel. Resultado, subiram dois
seguranças que mais pareciam os guarda-roupas de minha avó Laurinda e tudo foi esclarecido. Um
cantor, hospedado ao lado, pedira o jantar e dessa forma se resolveu o
impasse quase alimentar. Tive vontade de pedir uma fatia!
frenquentei o salão estrela de biu da madeira (vendia material de construção), o SESI, também de água fria nos anos de 1960. ali a dama que cortasse o cavalheiro era posta pra fora pelo próprio biu. no alto do pascoal havia a famosa gafieria de um certo escoteiro, mas nunca me aventurei.
ResponderExcluirmais adiante fui aos encontros sexuais do santa cruz, teu time, e no madeira do rosarinho.
neste último fui flagrado pela doméstica da tia de minha namorada (hoje mulher). alí, às terças eles promoviam o hi fi e nas quintas bailes com conjunto e até bandas importantes na época, como Os pholhas.
tive poucas vezes em inocentes do rosarinho e nas pás, esta famosa pela performance da orquestra continetal e cantor roberto bozan.
paulo caldas