segunda-feira, 1 de julho de 2013

São João - 2013



Foi maravilhoso o São João desse ano (2013), malgrado o fato de que na sexta-feira assaltaram minha filha mais velha, que estava com o filho, meu neto, ali, na rua Ricardo Hardman e até agora nada do veículo. Mas, vencido o trauma dessa insegurança, fomos ao supermercado do Rio Mar e fizemos a escolha das carnes, tudo sob a supervisão atenta de meu genro, o pai de Júlia, a neta. Uma linguiça discretamente apimentada fez a festa de quantos estavam lá, na casa de Aldeia, onde o ar tem características salutares.



O cerimonial do churrasco foi cumprido à risca, com toda a família reunida. O fogo aceso, depois de algumas tentativas infrutíferas, com a brasa estalando e a picanha deixando cair em pingos a gordura acumulada. A cerveja geladíssima, de um pequeno barril da holandesa Heineken, lembrava a minha recente viagem a Amsterdã, com sua liberdade pra tudo. Vi gente fumando maconha abertamente nas ruas e mulheres que se ofereciam nas vitrines em trajes menores, para usar uma terminologia do antes das coisas. Mulheres, acrescento, horrorosas, com pelancas visíveis e o branco dos cabelos aparecendo.


Mas, o que lembrei mesmo, foi do primeiro churrasco a que compareci. Imagine o leitor que o papo ia muito bem, com o dono da casa preparando a churrasqueira, enquanto a cerveja rolava de mesa em mesa. A esposa, dona da casa em que estávamos, muito bonita, andava acima e abaixo. Em dado momento desentendeu-se com o marido e uma briga iniciou-se com sinais francos de gravidade. Assim foi durante alguns minutos, até que o marido arremessou um copo contra mulher. Não feriu, porque a peça espatifou-se na parede, mas a consorte decidiu deixar a casa e o churrasco foi suspenso. Eu nunca tinha ido a um convescote assim e decidi simular um choro, o que irritou profundamente o marido brigão. Não podia ser diferente!

Depois do churrasco, já no dia seguinte, a família reunida sentou-se no restaurante de Ronaldo e foi a garçonete Jô quem atendeu o grupo. O serviço não estava lá essas coisas, mas valeu a pena, porque todos estavam ali, incluindo Júlia o rebento de Patrícia, a netinha nos seus 3 meses de vida. Bom mesmo foi o forró da noite, pois que a gente do Condomínio, sob a batuta de Jandui, que tem nome de Cacique e muitas histórias pra contar, dançou a noite inteira. Até eu, imagine o leitor, que não sou pé de valsa ou pé de forró, abracei a dama e rodopiei no salão. No dia 24, voltamos ao Recife, para esse rolo do peru.

 


 

Um comentário:

  1. Geraldo,

    A sua reflexão em cima de problemas sociais e do bem estar de uns e de outros, pareceu-me bem interessante. Você fez um paralelo e, talvez, tenha se convencido, como a nós, que a qualidade de vida, nem sempre, é sinônimo do vil metal. Este , por vezes, engana momentos de muitos desejos, mas é traiçoeiro na hora que não compra uma boa qualidade de vida, contaminados (os desejos) por competitividade e sonhos irrealizáveis...
    Acho que os menos remediados, com os seus valores e sonhos muito abaixo, aproveitam melhor o que lhes dá a sua simples vida.
    Vemos tantos ricos infelizes e muitos pobres alegres e bem acostumados, sorridentes na sua quase inocência d'alma!!!!
    De qualquer forma, nada é regra geral....vale a pena fazer grandes pesquisas que implicam muitas observações.
    EP

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