Foi maravilhoso o São João desse ano (2013),
malgrado o fato de que na sexta-feira assaltaram minha filha mais velha, que
estava com o filho, meu neto, ali, na rua Ricardo Hardman e até agora nada do
veículo. Mas, vencido o trauma dessa insegurança, fomos ao supermercado do Rio
Mar e fizemos a escolha das carnes, tudo sob a supervisão atenta de meu genro,
o pai de Júlia, a neta. Uma linguiça discretamente apimentada fez a festa de
quantos estavam lá, na casa de Aldeia, onde o ar tem características salutares.
O cerimonial do churrasco foi cumprido à risca,
com toda a família reunida. O fogo aceso, depois de algumas tentativas
infrutíferas, com a brasa estalando e a picanha deixando cair em pingos a
gordura acumulada. A cerveja geladíssima, de um pequeno barril da holandesa Heineken, lembrava a minha recente viagem a
Amsterdã, com sua liberdade pra tudo. Vi gente fumando maconha abertamente nas
ruas e mulheres que se ofereciam nas vitrines em trajes menores, para usar uma
terminologia do antes das coisas. Mulheres, acrescento, horrorosas, com
pelancas visíveis e o branco dos cabelos aparecendo.
Mas, o que lembrei mesmo, foi do primeiro churrasco a que
compareci. Imagine o leitor que o papo ia muito bem, com o dono da casa
preparando a churrasqueira, enquanto a cerveja rolava de mesa em mesa. A esposa,
dona da casa em que estávamos, muito bonita, andava acima e abaixo. Em dado
momento desentendeu-se com o marido e uma briga iniciou-se com sinais francos
de gravidade. Assim foi durante alguns minutos, até que o marido arremessou um
copo contra mulher. Não feriu, porque a peça espatifou-se na parede, mas a
consorte decidiu deixar a casa e o churrasco foi suspenso. Eu nunca tinha ido a
um convescote assim e decidi simular um choro, o que irritou profundamente o
marido brigão. Não podia ser diferente!
Depois do churrasco, já no dia seguinte, a família reunida
sentou-se no restaurante de Ronaldo e foi a garçonete Jô quem atendeu o grupo. O
serviço não estava lá essas coisas, mas valeu a pena, porque todos estavam ali,
incluindo Júlia o rebento de Patrícia, a netinha nos seus 3 meses de vida. Bom mesmo
foi o forró da noite, pois que a gente do Condomínio, sob a batuta de Jandui,
que tem nome de Cacique e muitas histórias pra contar, dançou a noite inteira. Até
eu, imagine o leitor, que não sou pé de valsa ou pé de forró, abracei a dama e
rodopiei no salão. No dia 24, voltamos ao Recife, para esse rolo do peru.
Geraldo,
ResponderExcluirA sua reflexão em cima de problemas sociais e do bem estar de uns e de outros, pareceu-me bem interessante. Você fez um paralelo e, talvez, tenha se convencido, como a nós, que a qualidade de vida, nem sempre, é sinônimo do vil metal. Este , por vezes, engana momentos de muitos desejos, mas é traiçoeiro na hora que não compra uma boa qualidade de vida, contaminados (os desejos) por competitividade e sonhos irrealizáveis...
Acho que os menos remediados, com os seus valores e sonhos muito abaixo, aproveitam melhor o que lhes dá a sua simples vida.
Vemos tantos ricos infelizes e muitos pobres alegres e bem acostumados, sorridentes na sua quase inocência d'alma!!!!
De qualquer forma, nada é regra geral....vale a pena fazer grandes pesquisas que implicam muitas observações.
EP