Este
pássaro que começa a cantar tão cedo, antes da 4:00 horas da manhã, por certo é
uma ave exótica, pois que dificilmente alguém teria coragem de manter
aprisionado passarinho assim, cantador, se fosse bicho da terra. A minha insônia
do despertar precoce me faz ouví-lo quase que todos os dias, quando vou ao
banheiro, depois de ter me levantado da cama precocemente. Bem que poderia
dormir mais um pouco, mas entram ai as minhas heranças parentais; repito o meu
pai, a minha tia e a minha avó. É isso mesmo!
Mas,
a boa nova que me ocorre lembrar é, justamente, aquela que me transmitiu o
nosso Roberto Harrop, fotógrafo quase oficial lá pras bandas de Aldeia. Estão
voltando os canários-da-terra mandou me dizer e depois repetiu de corpo
presente, como diziam os antigos radioamadores. Foram flagrados por sua câmera,
bicando sementes no capim do Bosque das Águas de Aldeia. E comentou, com a
sabedoria dos entendidos: “Eram canários jovens, de cor branca (leia-se escura),
o que faz crer que nascidos há pouco. Tinham se livrado da sanha maldosa dos
pardais, bichos inclementes, trazidos para cá por quem desejou matar os velhos “lacerdinhas”,
insetos incômodos e portadores de um líquido urticante.
Lembrei,
vendo as fotografias que enviou, dos meus tempos de menino, quando tinha no
terreiro de casa uma quantidade enorme de canários-da-terra. Passarinhos de
todos os tipos, brancos e amarelos, como o ouro que reluz. Canários cantores e
outros de briga. Eram todos abarrancados, como cabe ser aos bichinhos do mato. Eram
mudas de mato, muito raramente um muda de casa. É que eu mesmo espalhava alpiste
pelo quintal e depois disfarçava os alçapões e arapucas e prendia os bichinhos.
Ainda lembro de duas canárias do tipo “coruja” que no piso do viveiro brigavam
que dava gosto, para garantirem um macho da cabecinha encarnada feito
um rubi.
Como
não consigo dormir o quanto desejo, saio de casa muito cedo e encontro o
nosso ilustre fotógrafo a clicar paisagens e pássaros. E digo: conte-me lá uma
boa nova. E ele: “Estão voltando os pássaros!”.
(*) Desejando o leitor comentar, que o faça do espaço mesmo do Blog ou escreva para pereira@elogica.com.br ou ainda para pereira.gj@gmail.com O texto é reproduzido no Jornal da Besta Fubana, órgão sob a supervisão do Papa Berto I e de sua papisa.
Canto tão doce faz você parecer assustador uma cena em que eles estão presos em casa e colocar o rádio para ouvir as notícias, ouvir os pássaros também atacaram na cidade de Santa Rosa, onde um outro filme ocorre "a Sombra de uma dúvida". Hitchcock, então eu acho que é mais impressionante, porque eu nunca esperar reações como essa.
ResponderExcluirDe quando em vez, nos aparece uma boa notícia. Essa é uma das melhores, meu caro Geraldo. Lembro Baby Rosa Borges, na minha Rua Arnaldo Bstos na Madalena, prendendo os bichinhos nas gaiolas como um dos maiores detentores dos chamados "canários de briga", uma maldade aceita naturalmente à época. Enfim, sairam os pardais voltaram os "da terra". Uma boa notícia! Silvio Costa, o de "Uma vez...".
ResponderExcluirQual o nome do primeiro passaro gente?? alguem pode mim diser??
ResponderExcluir