Eu estava assistindo o ensaio da peça “Tem bububu no bobobó”, de Walter Pinto, o mesmo autor de “Tem xique-xique no pixoxó”, quando o meu vizinho da esquerda interrompeu minha atenção. Queixava-se ele de um tarado que passou a mão – mão boba – na região glútea de sua irmã. Não respeitou sequer a irmã do tarado, de seu parceiro nessas perversões do sexo. Eu ouvi aquilo sem muito gosto, porque o que me interessava eram as vedetes dançando no palco do teatro, cujo acesso para mim só podia ser por ali. Era menor de idade! Hoje assisto na Internet um vídeo da época, as meninas rebolando e vejo a inocência da apresentação, com censura estabelecida até os 18 anos de idade. Mas, afinal, indaguei de meu interlocutor de ocasião, a aludida região valia a pena ou não valia? E resposta não tive!
Mas, há diferentes tipos de tarados. O primeiro, aquele que apenas se exibe e se a mulher demonstrar qualquer interesse, o penitente apaga na hora. Isto é, faz de conta que é macho, virado no cão, sem ter capacidade para nada. É um fraco, penso eu! Faz uns cinco anos, seis ou sete no máximo, apareceu na esquina aqui de casa um maluco assim. Ele parava o carro e fazia xixi na calota do veículo. Ninguém olhava! Era uma decepção! Mas, camarada pra ter uma reserva urinária invejável a qualquer mortal maior de sessenta anos! O segundo, aquele que observa de longe, apenas, olha e não ameaça. Vi,certa vez, um camarada, de paletó e gravata, parar na rua para assistir as meninas se trocando na casa de esquina. Ainda notei que uma delas estava de calcinha e sutiã, o que levou o aristocrático senhor aos píncaros da glória. Ora, imagine só o leitor, quem se entusiasma mais com essas duas peças? Hoje em dia se tem disponível a um clique qualquer na Internet, centenas de cenas muito mais picantes que o comportado lingerie daquela suplicante de ocasião. Alguns acidentes, com perda do olho direito, são relatados nos habituais observadores do buraco da fechadura.