domingo, 27 de janeiro de 2013

Posto de Observação

Desta janela da sala vejo tudo o que se passa lá por baixo, sobretudo na pracinha fronteiriça; pracinha, ou melhor dizendo, um refúgio, como chamam os que entendem dos equipamentos urbanos. Vejo e até ouço, porque a gente de agora fala muito alto. Os diálogos e às vezes os quase monólogos por telefone, tudo audível até muito longe. Se tiver maiores dificuldades, é só ir à varanda e apurar os ouvidos, para escutar conversas e até o falatório solitário de alguns. Os isolados, à falta de quem falar, conversam horas sozinhos, indagam e eles próprios respondem. Há no refúgio uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, aquela das devoções de minha mãe, que a teria acudido em momento de desespero, quando a casa foi invadida por ladrões.
Esse negócio de telefone e de gente gritando, como aquela jovem na manhã de um domingo, discutindo com o parceiro o desejo (o dele) de ir ao desfile das virgens, me fez lembrar o antigo equipamento da Farmácia Lobo, em meu bairro, o qual sendo rudimentar, não permitia esses desencontros, tal o volume da voz no bocal do aparelho. Impossível não saber os detalhes de quem se desentendesse. Mas, hoje, os que se utilizam da invenção de Grahm Bell, tão estilizada como está, não ligam se ouvem ou se não ouvem parte da interlocução. Escutei muito da briga do casal; ela, diga-se de logo, empregada doméstica, trabalhando em pleno descanso remunerado.
Mas, lembrei de um telefonema que atendi numa sexta-feira de Carnaval. A moça procurava o seu namorado, assim: “André está?”. Não havia ninguém com esse nome em casa, ao que respondi: “Completamente embriagado no bar da esquina!”. E ela: “Eu não acredito! Ele me prometeu ir amanhã ao Galo! Eu vou matar esse homem!”. E eu não sei ainda hoje o destino de André! Ao final, poderia ter reparado o dano, mas como era uma coisa de menor poder destrutivo, resolvi deixar. Não soube do resto! Pior aquele homem rústico que ligou errado para o celular e eu o considerei piloto de um avião em pane e ele: “Meu senhor! O senhor me desculpe! Nem andar de avião andei!”.
Sentam no refúgio pessoas que conforme as respectivas idades e classes sociais escolhem os momentos. Pela manhã logo cedo se acomodam nos bancos os empregados da construção, aguardando a hora do batente pesado. Fiam conversa em voz muito alta e qualquer penitente que queira prolongar o sono, desperta com o vozerio lá em baixo. Durante a manhã, as domésticas andam ali com os cachorros das madames, uma ou outra arrisca um abraço ou um beijo roubado no namorado eventual ou efêmero. À tarde, quando o sol baixa, é fácil observar que a gente da terceira idade vai por lá para um fresco. Por vezes com a cuidadora, essa profissão da modernidade das coisas; das coisas e das idades.
 
À noite, as meninas “ficam” com seus namorados ou quase isso. Vez ou outra passa e para um obsessivo e faz gestos medidos, às vezes, repetidos. Outros aproveitam a madrugada e deitam nos bancos, dormem de roncar e amanhecem contando as horas para o nada que fazem todos os dias. Por fim, as que chegam em carros novos, expõem as pernas, como que lembrando certos outroras e certas proibições.
 
(*) Crônica do meu hoje, de minhas reflexões em torno do que se passa diante de mim, de minha janela da sala. O leitor amigo comente no espaço mesmo do Blog ou o faça para os e-mails pereira.gj@gmail.com ou pereira@elogica.com.br  

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Serpentinas Rasgadas

Nesse tempo de folia - perdoe-me o leitor - pra mim não há magia, pois onde fizeram morada o luto e a dor não há como ter alegria! Antes a nostalgia, lembranças de muitos anos, encantados agora no passado das coisas. De outros carnavais, de fantasias guardadas nos escaninhos já desgastados da memória dos dias de minha infância, de sonhos desfeitos, gestantes ainda no imaginário, sem que pudessem sequer experimentar a realidade do parir, na interface da vida, adolescência do ser, metamorfose do existir humano. Lembranças do menino vestido a caráter em roupinha de marinheiro bem encorpada, assumindo ali mesmo, na vesperal do Clube Português, ares de capitão da grande frota da ilusão, a navegar nos mares do devaneio. De serpentinas rasgadas e amores partidos, num arco-íris de confetes coloridos, escorridos todos dos céus de meus desejos.


Cabelos longos e lisos alguns, pretos ou castanhos em maioria, mas louros também, nascidos assim, doirados. Do perfume da lança e do lança-perfume saudando paixões, fortuitas, exauridas depois, nas cinzas da quarta. Saudades do corso serpenteando a cidade, dos carros enfeitados, estourando o escape, da água de cima pra baixo dos sobrados da Concórdia ou de baixo pra cima da malta se vingando e os remediados da sorte molhando. Dos beijos roubados – efêmeros ósculos –, de promessas e juras desprezadas todas, esquecidas quando a fantasia das coisas tombava e a realidade dos dias voltava. Dos presos olhando do alto das celas a liberdade passando, do adeus de mãos assim, encarceradas, distantes de um afagar carinhoso, meloso, de um manto piloso qualquer que fosse dando forma aos desejos. Pesadas grades aquelas, nítidos limites da violência incontida, na contenção violenta do ferro fundido!
 
Recordações de tantos momentos, tempos felizes da falta de compromisso, do tambor dando ritmo à batucada de improviso na folia do corso. Do caminhão enfeitado com palha de coco, decoração tropical e simplória, na criação fértil do avô materno. Da gente miúda tamborilando e dos mais velhos incomodando, dando ordens e contra-ordens, exigindo do motorista, com nome de santo e santo também - João –, peripécias e piruetas mil. E os primos quatrocentões exercendo a perplexidade paulista, quando o micróbio do frevo tomava de assalto a indisposição sulista. Gostosa folia aquela, que se esvaia ao primeiro sinal da ingratidão da quarta, ameaçadora, com ares de bacalhau à mesa e do vinho tomado com o sabor diluído da sangria bem cuidada. Acauteladora medida do pai comedido, contido com os prazeres do mundo.

E o filho rebelde na gafieira dançando, ouvindo o fiscal de salão, defensor atento daquele recanto da fantasia e do recato. Pacato lugar de tantos amores, casais enlaçados à moda do tempo, frevando e sambando sem poder se tocar, mesclando no passo, no passo da gente, da tradição tupiniquim das coisas, as cores do corpo de morenas melosas, dengosas algumas, com o menino da casa de suas ocupações profissionais e domésticas! Bailes no Clube Atlântico, na Marim dos Caetés, vesperais animadas por esperanças mil. Balzaquianas perdidas, desgarradas, carentes, no meio das músicas soltas, trazidas por firmes acordes dos trombones à proximidade de corações em fogo. Inibições pueris e tímidas incursões, reinados de sonhos em cortes do imaginário. Marcadas frustrações!
 
Neste tempo de folia - perdoe-me o leitor -, pra mim não há magia, pois onde fez morada o luto e a dor, não há como ter alegria!
 
 
(*) Texto escrito há 21 anos, logo depois do encantamento de meu pai, dai o luto e a tristeza que a crônica expressa, nesse lamento meloso.
 

domingo, 13 de janeiro de 2013

Tipos do Recife

Noutros tempos, neste Recife dos rios e das pontes, quando a gente grã-fina e os remediados da sorte circulavam pelo centro comercial, pontificavam por lá, também, certos e determinados tipos mais do que peculiares, pois que mesmo sendo diferentes, engajavam-se, perfeitamente, na paisagem urbana. Alguns apresentavam nítidos sinais do desvario, mas outros não. Eram mais contidos ou eram menos exaltados. A verdade é que se tornaram personagens constantes do grande espetáculo do centro, com especialidade nos períodos de festas, do Natal, por exemplo, ou do Carnaval, perambulando nas calçadas e nos passeios da cidade. Hoje, não os vejo mais e ignoro de todos o destino. Compreendo, todavia, que não possam fazer o footing, como dantes se dizia, nos ambientes refrigerados de um shopping, para onde acorrem, agora, as elites, as bem estabelecidas e as demais.

De todos, certamente, o Dono da Rua do Imperador parece ter sido o mais interessante, vestido a caráter, misturando peças de roupa de várias corporações militares e de outras instituições, desarmadas essas. Coberto de medalhas, de condecorações diversas ou de comendas variadas, orgulhava-se das honrarias todas, passando a mão no peito e acariciando cada uma daquelas circunferências de bronze. Muitas e muitas vezes, na Festa da Mocidade, pude fiar conversa com esse figurante inusitado das animadas noites, ali, no Parque 13 de Maio. Dizia-se integrante da cavalaria submarina e assumia no imaginário, mais do que fértil, a segurança do lugar, ignorando, por certo, a ação, firme e segura, de Marcha-Lenta, sargento da Rádio Patrulha destacado por lá, na ambiência da festa. Havia comprado a rua da qual se dizia dono e não vendia a ninguém, por dinheiro nenhum, justificava. E fazia muitíssimo bem. Cada qual que cultive a sua fantasia! 
 
E Lolita? Quem não lembra? Com o andar afeminado e cheio de trejeitos, perambulava pela cidade de ponta a ponta, se requebrando e cantando, muitas vezes, ou simplesmente cobrindo de pilhérias os incautos passantes, que coravam de tanta vergonha, com as espirituosas graças do homem que gostaria de ter nascido mulher e bem mulher. Mas, se o transeunte menos avisado cuidasse em reagir, apanhava pra valer, levando todos os socos do mundo e as pesadas todas, também, a que se arriscara. Foi preso uma centena de vezes e recolhido aos porões da Sorbone da Rua da Aurora, como chamava o nosso saudoso Paulo Malta a sede da Secretaria de Segurança, de onde, aliás, foi delegado e dedicado servidor. O próprio Paulo deve ter recolhido Lolita e posto em liberdade pela manhã, logo cedo, como costumava fazer, encerrando o plantão e liberando toda a gente detida na noite anterior, para o descontentamento, geral e irrestrito, de seus colegas da polícia.
 
Outro, mais recatado e nem por isso menos popular, era o Chá Preto e Pente, que vendia as folhas prontas para a infusão doméstica, suficientemente capazes de curarem os males da família inteira e da
vizinhança, também. Lembro-me, ligeiramente, do homem de certa idade gritando o seu slogan: Chá Preto e Pente! É que misturava as coisas e as vendas, acrescentando o apetrecho apropriado ao pentear dos cabelos aos seus princípios medicinais da Botânica tupiniquim.
 
Interessante, contudo, era o Reitor da Universidade Livre, um homem negro, alto e gordo, que costumava andar de paletó e gravata, vestido à risca para a sua condição magnífica. De certa feita, tendo comparecido a uma reunião acadêmica, não foi  incluído na mesa; zangou-se verdadeiramente, prometendo vingança com as ausências futuras. Nunca mais tomou assento nos encontros assim, da ciência e da cultura. Pregava a liberdade para aprender, simplesmente. E estava certo, embora complicado.
 
Finalmente, uma figura estranha, sorridente e falante, de cujo nome ou cognome não recordo, mas de cuja fisionomia tenho, ainda hoje, a imagem exata. Descobrira ou inventara, como afirmava, muita coisa. A caneta que nunca esvaziava, a cura das doenças venéreas e mais uma dezena de outras besteiras. Chegou a escrever aos institutos estrangeiros de pesquisa, dos quais recebia respostas encorajadoras.
 
Mulheres, quase não havia neste capítulo dos tipos da cidade, senão uma: Soninha! Solteirona, sem convicção nenhuma, andava à caça, sempre, de um penitente, que fosse. Confesso o meu desespero com a paixão de Soninha, nos tempos em que trabalhava no Centro de Saúde Gouveia de Barros e era estudante. Mulher de todos os pudores, não insistiu nas investidas mais, depois que lhe disse de meus desejos em antecipar os amores. Disse-me horrores e sumiu. Nunca mais a vi no cenário urbano, andando rápida, como quem vai a um encontro qualquer, imaginário, infelizmente! Nada me custou trocar aqui o seu prenome, em respeito à vida e às fragilidades da criatura.
Deus olhe por todos!
 
(*) Uma crônica antiga, recolhida ao cofre de meus alfarrábios virtuais, falando nos tipos que vi no Recife. Só consegui mesmo a fotografia de Lolita. Os outros todos (Loita também) já devem estar no andar de cima, gozando das benesses divinas; um andar que todo mundo vai adiando  Â crônica, de hábito, é reproduzida no jornal A Besta Fubana

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O vigia, o diretor e o trapeiro


Em crônica recente, publicada sob o título de “O tio do boy”, um leitor que não se identificou, deixou o seguinte comentário: “Geraldo, você sempre foi chegado a um rolo. Atração fatal, diz título de filme. Se pesquisar todos em que já se meteu ou vivenciou, melhor dizendo, é coisa pra doze volumes. Afora os que você, com esse senso de humor arretado, já aprontou com os "penitentes" da vida. Conte por aqui aquela sua aprontação, que fez um carroceiro cantar o Hino Nacional no meio da rua, nos chamados "anos de chumbo". Forte amplexo. em O Tio do Boy” .     
Na realidade, o carroceiro não cantou propriamente o Hino Nacional, mas quase canta. Foi o seguinte: eu morava defronte de um sindicato; de um sindicato de pouca representatividade, mas com diretores que se comportavam como se tivessem engolido um rei, tal o poder com o qual se imaginavam. Não falavam com ninguém e muito raramente cumprimentavam os vizinhos. Uma gente que pensava mandar e desmandar para o resto da vida. Andavam com um carro da instituição e transitavam com esse veiculo acima e abaixo, sem respeitarem as limitações de um carro assim. 
Pois é, num sábado qualquer dos anos 80, estava eu na calçada, quando vi um dos diretores solicitar do vigia que lhe abrisse a porta e entrou. Imediatamente me veio à cabeça a ideia de colocar o homem numa embrulhada, passar-lhe um trote. Diante do sindicato havia três mastros e habitualmente eram hasteadas as três bandeiras do hábito. Naquele dia, por falta de expediente, não foram postas em seu lugar. Mas, me ocorreu ligar e solicitar fossem hasteadas com pompa e circunstância. Liguei! O diretor atendeu, deu nome e cargo, facilitando o meu trabalho:
 
- Meu senhor, diga-me lá, passei agora mesmo por ai e não vi bandeira alguma nos mastros do sindicato. A que se deve isso? 
- Quem fala?  
- Aqui é o capitão Fragoso!  
- Capitão, o senhor de me desculpe, mas hoje é sábado e não há expediente!
 
- Ora, tem graça uma coisa dessa, então o senhor não sabe da nova lei; a lei que obriga hastear o pavilhão nacional todos os sábados.
 
- Realmente, não sabia. Mas, vou imediatamente providenciar para que seja hasteada, conforme a sua recomendação. 
- Não, meu caro diretor, mas não é assim, há um ritual a ser seguido. Ninguém pode levantar a bandeira até a ponta do mastro sozinho. O ritual exige a presença de três pessoas. 
- Mas, Capitão, compreenda, só temos aqui dois homens!
 
- Com dois não pode! O senhor faz o seguinte: chama uma pessoa que for passando e compõe o ritual. Caso contrário, já sabe, cadeia.
E ia passando um carroceiro, um trapeiro, puxando a sua carroça e recolhendo o que encontrava pela rua com possibilidade de ser vendido. Pois ele foi convocado, posto ao lado do mastro e a bandeira subiu garbosa, com esse pelotão arrumado. O vigia, o diretor e o trapeiro. E assim eu fiquei vingado da vaidade desse pessoal que julga ter poder eterno.   

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Boas Entradas


O ano de 2012 se foi! Tem sido sempre assim, um ano após o outro. E os acontecimentos se sucedem num dia a dia puxado, num ruge-ruge do cão pra toda gente. A minha rotina já é mais leve, afinal sou um aposentado em pleno exercício do ócio com dignidade. Mas, não desisti da vida e muito menos do trabalho, estou no Conselho Estadual de Cultura, onde pratico a minha capacidade intelectual. É ali que tenho preparado os meus trabalhos, os quais aos poucos vão sendo publicados. Um aqui e outro ali, alhures também. Muita coisa já está na Internet e há mais o que divulgar em publicações em texto propriamente e na virtualidade das coisas. Sempre que tenho uma novidade aviso aos meus leitores.

Chegou 2013 e com ele os propósitos e as metas para o período. É claro que ainda há o que ser divulgado do ano que passou, porque as instituições e as revistas não andam conforme dos ditames do calendário, sequer contam com datas e meses, senão pelo cuidadoso trabalho de seus editores. Tenho comigo um projeto – é mais do que um projeto – de escrever um livro sobre o que vi e o que assisti em meu tempo de vida, considerando as mudanças e as transformações das quais fui testemunha ocular. Já escrevi bastante sobre o computador, essa máquina que revolucionou o mundo e substituiu outras invenções do homem. Escrevi, também, sobre o telefone, que está num grau de desenvolvimento incrível. Mas tenho muito mais coisa para incluir e gostaria muito de contar com a colaboração do leitor; do leitor de meu grupo de idade (68 anos), que tenha visto e vivido essa metamorfose que a minha geração assistiu. Mande por e-mail (pereira.gj@gmail.com), por favor, essas contribuições e com isso me ajudem nesse mister.

A passagem do ano, como todas as outras, foi agradável, porque juntou gente de um mesmo lugar – o condomínio Águas de Aldeia – e foi possível fiar conversa a noite toda, além da dança que rolou madrugada adentro ou madrugada afora. Gente que conversava e gente que dançava! Lotou o salão de festas, tudo sob a coordenação magnífica da Diretora Social, que por coincidência estava gripada e febril, mas não arredou o pé da sede das Águas de Aldeia. Beleza! À meia-noite os fogos espocaram nos ares, expressando a alegria que cada um dos presentes, condôminos e convidados, sentia com o rito de passagem da ocasião.

Lembrei-me de antigos momentos, similares, sempre, diferentes pelos atores da hora. Recordei dos anos de infância, de como a família hoje é diferente daquela. A minha avó, a tia velha e a tia mais nova, todas juntas, a comemorarem com meu pai e minha mãe a passagem do ano. Desses, só a minha mãe está viva, assim mesmo vegetando numa cama de hospital, em quarto de sua casa. Não sabe da hora e do dia, ignora o mês e o ano. Não se comunica mais! Hoje cada qual cuida de sua festa, uns mais e outros menos. Há quem faça uma reunião ruidosa e quem se junte à pequena família e comungue os momentos de harmonia.
Feliz ano novo a todos! Boas entradas dizia-se outrora, no tempo das grandes valsas.
 
 
Recebi aqui um comentário numa crônica solicitando que escreva o proximo texto contemplando um trote que dei em determinado lugar, nos anos de chumbo, resultando num carroceiro a postos, quase em posição de sentido, no hastear da bandeira. Vou contar!