sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Ladrão de Galinhas

A tirar pela voz, aquele interlocutor de ocasião era novo, um jovem repórter interessado em colher dados a propósito dos impedimentos sociais de agora, diante da violência crescente e desenfreada. Em outras palavras: o que não se pode mais fazer em conseqüência do medo, do pavor que a sociedade enfrenta? Pedi um tempo e o endereço eletrônico, como cabe fazer na contemporaneidade, em vinte minutos, prometi, hei de responder. E respondi! Bastou uma reflexão curta sobre o ontem das coisas e o hoje do cotidiano, para encontrar as diferenças e nas vinte linhas das suas exigências: redigi o texto. Parece muito fácil a qualquer sessentão fazer isso! As lembranças de um Recife que se foi, embalado nas toadas de todas as saudades, facilitam declarações assim!

Ora, não se pode mais andar no centro urbano, fazer compras na Imperatriz ou passear – simplesmente passear – na velha rua Nova, voltar pela Guararapes e apreciar da ponte o rio passando lento, enchendo ou vazando. Não se pode mais sentar no Quem-me-Quer e admirar o desfile das moças, indo e vindo das compras ou esperando a sessão de cinema no São Luiz. De um lado, o da rua da Aurora, as meninas casadoiras, umas comprometidas já e outras não, livres e desimpedidas, e do outro as que da vida viviam, vendendo o corpo e os amores. Metade cá e metade lá, como o imaginário da rapaziada, fantasiando vontades que eram desejos nem sempre realizados. Um sorvete no Gemba ou um sanduíche na Confiança serviam para encerrar a tarde buliçosa. E haja sonhos!

Os rituais também se foram. Quem se atreve a percorrer a pé as sete igrejas das tradições da Semana Santa, partindo da Matriz da Soledade e chegando à de Santo Antônio, uma por uma, beijando o Senhor Morto. O jeito é fugir de casa, correr para o campo ou se esconder na praia, estirar-se na rede ou sentar-se na espreguiçadeira e ao sabor da cerveja gelada ou do vinho à temperatura ambiente, fazer a opção entre um livro, um clássico da música e uma conversa a ser fiada em alpendre ventilado. Até o Carnaval mudou, o corso acabou e as colombinas estão refugiadas nas grades de todos os medos, a lágrima do pierrô enxugou e não há mais arlequins saltitantes. Um ou outro bloco de rua se atreve em percorrer o centro, na sexta-feira gorda ou no sábado de Zé Pereira. Depois, recolhem-se!

No tempo do São João tornou-se impossível visitar os arrabaldes, passar nos largos e observar as quadrilhas matutas repetindo o dançar ritmado das cortes européias. Muito pior se o penitente saudosista, mesmo de carro, desejar conferir as fogueiras de Santo Amaro e os fogos coloridos que enfeitavam os céus da cidade vindos do Clube Português, onde muitos não podiam entrar, mas podiam ver, das calçadas do Parque Amorim, a beleza espraiada nos ares, dando cor à paz. As antigas carroças puxadas a cavalo, que traziam os noivos em noites assim, não circulam mais antecedendo o préstito e os pares estão desfeitos, separados para todo o sempre, pairam nas nuvens das recordações, como se fossem fantasmas de muitas lembranças. Sequer há retretas em palanquins de subúrbios!

As brincadeiras de meio de rua, o pega e o pega-soltou, o queimado e a academia estão proibidas às crianças. Empinar papagaio e jogar uma pelada são atividades tangidas do imaginário infantil, mais do que ocupado com a Internet e os desenhos da televisão. Ninguém sai de casa para apanhar manga, tirar oiti e recolher cajá ou a azeitona caída do pé! O velocípede circula na sala dos apartamentos e de bicicleta não se vai ao colégio, tampouco a passeio nos entornos da moradia onde estava, recatada e reclusa, a musa da adolescência. As alamedas do parque 13 de Maio vivem um silêncio que assusta os antigos amantes. Nem o senhor bem cuidado, de carro importado, da marca Skoda, com a mão esquerda estirada pra fora da janela, a tirar a aliança da denúncia, teria mais coragem de cortejar a jovem de longos cabelos, lisos e negros!

Sou do tempo do ladrão de galinhas e do batedor de carteiras! Tenho saudades do tudo, das cadeiras no portão e das casas escancaradas, dos retornos em grupo pelas ruas do Recife, de antigos saraus e dos aniversários domésticos, dos assustados e das festas de bairro. Sou assim!
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sábado, 20 de outubro de 2007

Invenção da Mãe do Cão



Quando eu era menino, adolescente ou rapaz, as comunicações eram um horror. Lembro que aí pelo final da década de 50, o meu pai precisou falar com uma irmã em Minas Gerais e tendo ligado para a companhia telefônica, aguardou mais de 8 horas para que se completasse a conexão. Pior do que isso era o contato com o então distante bairro de Boa Viagem, o qual só se dava com a interferência da funcionária. Parecia outro país, tal a lentidão das coisas e tal a dificuldade que se impunha. Os entendimentos pessoais, até aqueles na mesma cidade, eram realizados às custas de cartas que os correios entregavam com muito mais vagar que nos dias de hoje. E a vida ia sendo levada assim, com toda a folga do mundo, porque ninguém conhecia forma diferente.

Agora não, vive-se num extraordinário corre-corre, numa danação incrível, num vai-e-vem sem par em toda a história da humanidade. Não se espera mais por nada, sequer pelo elevador do prédio, que precisa descer do último andar para chegar ao térreo e carregar o penitente na cabine. Os contatos ficaram facílimos e estão se fazendo a custos mais e mais reduzidos. Inventaram o fax e o papel se transmite para o outro lado do planeta com uma facilidade que não se poderia imaginar. Desprezaram o telex e quase não se usa mais o velho telegrama, senão para os cumprimentos efusivos de aniversário ou de casamento ou ainda para os sentimentos, nem sempre sofridos, da perda parental. Nesse mexe-mexe ou nesse bole-bole em que se exercita o existir humano, não há brecha para nada. O mundo voa, verdadeiramente, nas asas do tempo.

O e-mail revolucionou a comunicação pessoal e até institucional. A informação passa por cabos e vai aos ares, viaja no éter, é impulsionada pelos satélites e chega ao destinatário sem mais delongas, num passe de mágica. Basta indagar ao telefone: “Chegou?”. E a resposta vem pronta: “Chegou!” Nem palavra se gasta mais. Não se fia mais conversa! É impossível parar numa roda qualquer, na esquina ou na farmácia, na venda ou na padaria, às vezes no parque, para um palavreado qualquer, como se fazia outrora. A novela das oito reúne a família em torno dos mexericos de ricos e famosos, transferindo à gente simples desejos da burguesia ou interesses da classe média. Uma roupa de marca ou um sapato tênis bem acabado, accessível aos personagens, mas distantes da fantasia dos excluídos. E haja violência. Até o ladrão de galinhas, que perturbava o sono no terreiro, desapareceu do cotidiano. A época é outra! Tudo mudou!

Foi a Internet que transformou tudo isso, que promoveu essa metamorfose toda, que criou a prontidão na informação. Nas páginas da grande rede pode-se ter acesso a livros inteiros, músicas e filmes. Exemplo disso está no portal do Ministério da Educação: www.dominiopúblico.gov.br. Ou prova disso está em outros destinos eletrônicos que divulgam as ciências, a cultura e as artes. Hoje em dia posso ler revistas científicas que antes sequer podia ver, tal a raridade e tal os preços de capa. Bibliotecas inteiras foram digitalizadas e assim disponibilizadas. Antigas revistas que circulavam a cada semana, como foi o caso de O Cruzeiro, sofreram a benfazeja graça do formato digital e é possível, novamente, ler as matérias de grandes jornalistas brasileiros. Millôr Fernandes, Péricles, Rachel de Queiroz, e David Nasser estão accessíveis em http://www.memoriaviva.com.br/ocruzeiro/.

O progresso mais recente, já popularizado, é o do contato telefônico pelo computador, a partir de programas distintos. Dessa forma, tenho falado, quase que diariamente, com minhas filhas. Uma em Madrid e outra em Fortaleza. No passado isso seria, simplesmente, inviável. O custo para a Espanha - pasme o leitor - é bem menor que aquele do Ceará: 0,021 e 0,054 dólares respectivamente. Coisas que não se pode entender. Mas, um extraordinário avanço nas comunicações, surpreendendo inclusive o número de pessoas que podem usar ao mesmo tempo o sistema: acima de 5 milhões no mundo sempre. Fosse vivo o meu pai, não perderia a ocasião e diria: “Invenção da mãe do cão!”. Só sendo mesmo!
Crônica publicada em 15 de outubro de 2007, na página Opinião do Jornal do Commercio do Recife
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sexta-feira, 12 de outubro de 2007

A Festa da Mocidade



Na década de sessenta - Já se vão quarenta anos! -, quando dezembro chegava e o fim de ano marcava o tempo, a grande atração do Recife era a Festa da Mocidade! Instalada no Parque 13 de Maio, tinha-se de tudo, dos habituais brinquedos das festas populares ao teatro rebolado! Ninguém das redondezas perdia uma noite sequer, comparecendo religiosamente ao lugar de todos os divertimentos! Lá por casa recebíamos um Permanente Familiar, destinado a jornalista de batente e com isso costumávamos levar parentes e aderentes, os amigos, sobretudo. Uma legião de rapazes e algumas moças tinham dessa forma acesso ao recinto e aquelas alamedas serviram para se fiar muita conversa, no exercitar dos planos da gente jovem desses outroras nunca perdidos ou acolheram sonhos e devaneios. Passeava-se mais e gastava-se de menos, porque o metal, que é vil, rareava à época. Muitos sentavam apenas nos bancos do parque ou na murada dos tanques, de cujas fontes jorravam jatos d’água de um colorido especial, encantando e inebriando os espíritos.

Andar no polvo ou no tira - prosa, francamente, era uma temeridade e os casais de namorados, enamorados também, aproveitavam a hora e cumpriam a prática mais do que benfazeja do beijo roubado, num momento qualquer de um giro maior ou de uma evolução mais forte ou mais firme. Os ares da festa enchiam-se de gritos, como ainda hoje sucede em lugares assim, desses divertimentos múltiplos, de gente que tinha medo realmente, mas de atores que gostavam das cenas, cuidavam do texto e faziam da arte um mister à parte. A roda gigante não trazia medo a ninguém e levava os passageiros às proximidades do céu, deixando às nuvens a imaginação da gente sentada nas cadeirinhas, de cujo balanço nasceram muitas das juras que não foram cumpridas. E os carros elétricos? Antecipadores, talvez, de certas invenções do hoje! Presos ao teto energizado por uma peça de aço, podiam correr acima e abaixo, dando ao condutor de ocasião a sensação mais do que plena de um chauffer daquela modernidade.

Sem muitas das cerimônias de agora, o jogo de azar campeava e a roleta girava desprovida dos pudores todos que contaminam a ilegalidade estabelecida. Menores estavam impedidos da prática, jogavam porém! Perdiam sempre, como costuma acontecer nos cassinos dos dias que correm! Nenhum dos pais imaginava que o dinheiro de seus ordenados, suados e sofridos, estavam sendo investidos dessa forma, na jogatina da festa. Aplicava-se o pouco da mesada e dos recursos obtidos para os gastos da noite com o guaraná e o sanduíche, um cachorro-quente que fosse, de carne moída e tomate nunca cozido. Um lanche a ser saboreado sem comentários em casa, porque proibido nas recomendações maternas, acauteladoras das infecções todas que agridem o homem, trazem a dor de barriga ao penitente menino e inquietam as mães, protetoras eternas dos filhos, mesmo com a cabeça pintando as cores dos anos!

O pastoril do Velho Faceta enchia as noites nas proximidades do Ano Novo e a meninada cuidava em pagar, uma ou outra pastora, das pernas grossas pelo geral, para uma apresentação especial. Cinco cruzeiros para a Diana dançar ou dez para ter a Mestra à mostra, sozinha no tablado, bailando para o deleite da moçada! E o Velho comandava o espetáculo, convidando as escolhidas pela platéia ou dando as ordens sem descuidar dos assistentes, estimulados todos ao pagamento de mais uma rodada, dessa ou daquela moiçola. Em se tratando de coisa ligada mais ao mundano e menos aos estilos do tempo, as apresentações começavam às doze horas batidas da noite e se prolongavam pela madrugada. Gente de família não podia freqüentar lugar assim, de segundas intenções, como se falava! Havia quem conhecesse as pastoras pelo prenome, tal a constância com que assistia às encenações e dessa maneira fazia a escolha da preferida, cujas características físicas preenchiam, por certo, as fantasias ou ocupavam o imaginário com formas femininas protundentes, em moda naqueles anos!

Pelas dez horas tocavam as sinetas do teatro e as vedetes entravam no palco, dançando e cantando, levando uma peça a mais para o êxtase de uma plêiade de admiradores cativos. Era proibida – rigorosamente proibida – a presença de menores na platéia ou nas laterais, das quais se podia assistir a tudo, de pé é claro, sem o conforto dos pagantes, assim diferenciados, pois que sentados viam e ouviam as mais belas mulheres que a cidade acolhia nas festas de fim de ano. O rigor da proibição fenecia diante da insistência da meninada e das insuficiências de um investigador de menores com gestos inseguros. Bastava uma palavra mais forte ou mais áspera para que o homem cedesse, não sem antes recomendar o uso de um lenço cobrindo a face, para não ser identificado pela polícia como integrante de um grupo etário na menoridade, ainda. Tem Bu-Bu-Bu no Bó-Bó-Bó marcou época na cidade e o ator Mário Marozzi, o primeiro a usar bolsos verticais nas calças, contracenava com lindas figurantes do sexo feminino. “E o boi/Pra onde é que ele foi/E o boi/Vocês só falam e ninguém quer trabalhar/E o boi/Pra onde é que ele foi/E o boi/...”, era o refrão adotado e decorado pela trupe e mais do que aceito pelos nativos!

Blog atualizado hoje, 12 de outubro, às 10:25 horas, em Fortaleza, na casa de minha filha Patrícia e de meu genro Cláudio. Fotografia: Gentileza Manoel, Roberta e Lívia (Família Ferreira)
Atualização oferecida a Vadeco, primo meu, o mais velho e o mais levado da breca, ainda hoje.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Saudades Gostosas

Confesso que muitas vezes me surpreendo assim, absorto, olhando o infinito das coisas ou vendo o nada do mundo, mas enxergando os meus interiores, em cujas intimidades estão os meus sentimentos, aqueles do hoje e todos os demais, os do ontem do tempo. Assim foi neste dia que se esvai agora! É como se uma saudade gostosa me tomasse por inteiro, mesmo vivendo as agruras do labor, de ofício no qual preciso estar com os humores em alta. Sento-me, então, na grande sala, onde devo conduzir os trabalhos e ouço do quarteto de violões acordes que me encantam, verdadeiramente. Esqueço por minutos, apenas, as obrigações do mister, as palavras a serem pronunciadas e as correlações necessárias. Quando fui levado à presidência ou quando fui elevado à honraria do lugar, não hesitei em falar da música e da romântica sonoridade. A harmonia dessas cordas estimulam os amores, afastam as dores e tangem os dissabores! Afogam as mágoas na placidez azul das águas! Disse, a título introdutório! Depois, fiz o discurso de ocasião, como cabia!

Saí dali e corri a outro auditório! Pareço viver dessa forma, cumprindo um périplo diferente, de assistência em assistência, sem que tenha muito jeito com a arrumação dos vocábulos e os retóricos arranjos de frases e de períodos. Reconheço, todavia, que vou aprendendo, mais e mais, na expressão de cada um, sobretudo na sinceridade das saudades gostosas, nunca sofridas. Sentidas, somente! E foi o que vi, depois! Uma turma de médicos a comtemplarem três décadas da formatura, ouve atenta a oração de um deles, o Dr. Edson Haten, dileto amigo. E as lembranças se sucedem, entre arroubos da oratória bem cuidada e o embargo da voz. Não resisto e falo, também, daqueles velhos corredores, dos cantos e dos recantos, de alamedas que cortavam e ainda cortam os jardins, circulando os lagos, nos quais, em bancos de pedra, muitos amores nasceram, mesmo que tenham fenecido, tantos! E se os amores fenecem, parindo as dores, por certo renascem assim, em dias nos quais afloram saudades gostosas! Antigos amantes trocam olhares ou trocam afetos, efêmeros ósculos, revigorando paixões! Nunca se tocam, todavia, em respeito ao altar dos pretéritos! Foi o que vi!

E se há quem duvide das saudades gostosas, das que chegam trazendo a paz do espírito e o enlevo d'alma, experimente distâncias e creia, firmemente, no resgate das proximidades perdidas. Os que viajam pra longe, no espaço ou no tempo, sabem disso! Os que tomam o enorme pássaro de aço e ganham os céus, aterrissando em terras do outro lado deste globo transformado em aldeia, afastam-se de tudo e de todos, vivem e revivem na fertilidade do imaginário cenas do antes e resgatam os atores de todos os dias. Mas, sabem que vencidas as horas hão de voltar! Outros se deixam levar pelos devaneios que rompem as barreiras do passado, retornam à juventude dos anos e a fantasia os faz viajar, também, nas asas dos sonhos, alguns oníricos e outros na vigília das madrugadas insones, sobretudo em sábados silentes ou em domingos dormentes, entorpecidos pelas recordações. Ninguém se iluda com o poder da criação, que faz do padecer desses outroras, momentos que são minutos, às vezes, de uma plenitude efêmera, quase, mas suficientemente capazes de reacenderem vivências e convivências!

Dessas saudades todas, gostosas, sempre, de uma não esqueço! Daquela de que me falou, certa vez, por telefone, na voz suave e carinhosa de uma pessoa simples, humilde, Zefinha por apelido, que me servia o café quando exerci cargo de direção: "Doutor! Ainda não inventaram uma fita métrica que possa medir a saudade que tenho do senhor!". Marejei os olhos e embacei a visão das coisas, senti o coração palpitar amores e afetos, aprendendo a lição maior, a de que o amor existe e persiste nas ausências e nas faltas! Mas, ao que parece, não há medidas para as saudades, desde que sejam gostosas, que tragam os enlevos, que permitam à paz invadir os domínios do coração, afastando ansiedades e afugentando angústias, embalando desejos e ninando vontades!

(*) Texto escrito nos anos 90, logo depois de ter assumido um cargo na administração da UFPE, quando estive muito envolvido com solenidades e com despedidas. Na ocasião falou o Dr. Edson Haten, meu dileto amigo, hoje encantado no infinito das coisas, a quem dedico a crônica e o espaço de hoje.
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