sábado, 2 de agosto de 2014

Mestres Mirins
                              Zaina Pereira

No sábado, 12 de julho, chegou a Recife o meu neto querido: Pablo. Nascido na Espanha, veio morar nestas paragens e depois em São Paulo. Quando lhe perguntam de onde é, ele diz: sou do mundo. Este pequeno notável, para mim, só tem cinco anos. 

Chegou às 11:30 da noite e veio com a mãe (Fabiana), minha filha e logo que desceu do táxi correu para me dar um grande abraço e saímos de mãos dadas, falando de seu mundo, de seu imaginário, de seus brinquedos e de seus livros. Fico sempre encantada, porque para mim significa uma síntese do seu momento, no intuito de me atualizar sobre sua vida.

Parece que não há distância entre nós e a conversa flui naturalmente!

Na realidade, vejo o seu crescimento contínuo, a mudança de seu sotaque e de suas gírias é um fato: mano, caramba, prof.( professor), entre outros, é a prova concreta de uma distância geográfica. Porém seus grandes olhos verdes, preciosos, como diz a sua avó paterna, espanhola de origem, têm o brilho, da alegria de nosso encontro. Parece que continuamos próximos sempre! 

Entra em minha casa e aponta para tudo que mudou. Cada objeto diferente é referido por sua observação perspicaz. A conversa, então, continua, como se não tivesse havido a pausa de tantos meses.

No domingo, a família reuniu-se para o almoço e lá encontrei a minha pequena mestra: Júlia. Com 1 ano, começa a verbalizar nomes, entre eles vovó (oó) e é um encanto vê-la rindo! Seus olhos negros, abertos para os encantos de um encontro tão mágico.

O amor está presente! Sinto nos meus pequeninos, que não dizem a conhecida frase, "eu te amo", mas demonstram com seus olhos, seus risos e seus toques. Aliás, para mim, o amor não tem palavras que o designe, mas gestos executados por meus mestres mirins, meus netos, me enlevam e vejo sempre nesses encontros exitosos uma aprendizagem do que é viver, plenamente, a vida. Aprendo com eles, todo tempo com eles.

Deus os proteja e os guie, para que jamais percam a espontaneidade de uma vida plena de afetos.

(*) O Blog hoje faz uma exceção, quando aceita de muito bom grado o texto da esposa do autor sobre o amor aos netos e publica o texto. 

4 comentários:

  1. Geraldo: Hoje os meus Parabéns são para Zaina. Ela definiu muito bem o que nos ensina os Mestres Mirins, na sua inocência, pureza, espontaneidade, afetividade e muito mais. Será que estará nascendo um novo blog? Torço para isso!!!!
    Sinceros Parabéns, Beijos, Eliana Pereira (www.blogdepereira.blogspot.com)

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  2. Meu caro acadêmico Geraldo,
    Não fosse o texto da lavra de Zaina, diria que era seu. Seu sentimento pelos netos, também, tem sido demonstrado por aqui em outras crônicas. E eu "babando" com tudo isso. Como é bonito o amor que vocês dois entregam aos netos. Eles que são a continuação das nossas vidas.Que Deus abençoe a todos. Silvio Costa, o da UFPE.

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  3. Caro Geraldo, cara Zaina:
    Emocionada leio e releio este texto. Encantada! Sou, também, avó de quatros lindos netos com idades variadas. O mais velho fez vinte anos, uma linda menina moça de quinze, um de sete e o mais novo, de três, coincidentemente espanhol, como o esperto Pablo. Ainda tenho o prazer de haver sido adotada como avó de uma linda garota de 12 anos, que será sempre a minha neta. Quanto orgulho respiro e expiro por todos os órgãos e poros!
    Só quem é avó conhece a grandeza desse amor imensurável. Mas não basta ser avó, então refaço a minha frase, só quem conhece a grandeza do amor em toda sua magnitude, sabe quanto vale um neto, que não tem preço, e a riqueza de ser avó. Assim, parabenizo-a pelo texto ( extensivo a Geraldo) e por fazer parte do extraordinário mundo dos avós/netos, o qual é cheio de encantos e aprendizados. Deixo-lhes meu abraço de parabéns, por tão grandiosa vida.

    Lígia Beltrão - Colunista Divulga Escritor

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  4. Una muestra de que el talento y la sensibilidad impregna el ambiente de ese hogar y se expande como si fueran vasos comunicantes. Gran abrazo, amigos. Hermenegildo

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